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Prefeitos e lideranças da Quarta Colônia visitaram, na semana passada, uma área no interior de Ivorá, onde é planejada a construção de uma barragem no Arroio Melo, um afluente do Rio Soturno. O projeto, que já havia sido feito há mais de 30 anos, foi encontrado e voltou à pauta de pedidos no ano passado, após a Quarta Colônia sofrer de novo com prejuízos por causa do Rio Soturno ficar seco.
Segundo o prefeito de São João do Polêsine e presidente do Condesus, Matione Sonego, a Secretaria Estadual de Agricultura demonstrou interesse em conseguir verbas para tocar a construção da barragem, que ficaria entre dois paredões e teria 30 metros de altura. Tudo vai depender do local onde será construído o barramento.
– Como fica entre dois paredões, a área de alague seria menor, de 150 a 200 hectares, e teria menor impacto ambiental, não atingindo casas nem cascatas. Pedimos apoio ao reitor Luciano Schuch, no ano passado, e a UFSM vai agora atualizar os projetos e estudos de impacto ambiental para apresentar para a Secretaria Estadual de Agricultura – diz Sonego.
O objetivo da barragem não seria para gerar energia, mas somente controlar o nível do Arroio dos Melo e do Rio Soturno. Na época de seca, garantiria um mínimo de água, e nas enchentes, ajudaria a reduzir os alagamentos. A intenção também seria garantir água para consumo humano e irrigação.
Atualmente, a produção de arroz é uma das mais afetadas pelas secas no Rio Soturno, com quebras de produção por falta de água. A barragem deve beneficiar agricultores e moradores das cidades de Ivorá, Faxinal do Soturno, São João do Polêsine e Dona Francisca.
Segundo Tiago Marchesan, diretor do Centro de Tecnologia da UFSM, os estudos de engenharia e de impacto em fauna e flora devem levar pelo menos oito meses.